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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
s. joão baptista
Igreja recuperada em Cambas

E.jpgA 2ª fase das obras de recuperação da Igreja de S. João Baptista, em Cambas, encontra-se concluída. Esta intervenção, realizada pela Junta de Freguesia de Cambas e pela Comissão Fabriqueira da Paróquia, permitiu a recuperação de todas as madeiras existentes e a pintura do espaço.

Depois de terminada esta fase, os responsáveis da Junta e da Paróquia pretendem avançar para uma terceira fase, para a qual ainda não há financiamento. Uma intervenção que pretende recuperar as talhas douradas e altares.

Como é a Igreja

Este templo assumiu a função de Igreja Matriz até meados do século XX, tendo sido, simultaneamente, sede do priorado de S. João Baptista de Cambas, ligado directamente à Casa Real. Pertenceu durante alguns anos à diocese da Guarda, sendo considerada na altura a mais rica de todas as suas igrejas.

Situado muito próximo do Rio Zêzere, o imóvel evidencia grande antiguidade e riqueza, realçadas no interior pelo esplendor do espólio que apresenta. A capela-mor está separada do resto da igreja por um arco de cruzeiro e é nela que se situa o majestoso altar-mor, todo ele em riquíssima talha dourada, onde são exibidas as imagens de S. João Baptista - numa imponente representação do padroeiro deste templo - e de S. Sebastião, ambas em pedra. Nele, também se encontra o riquíssimo sacrário em talha, encimado por um pelicano, símbolo da Eucaristia.

A ladear o arco de cruzeiro, encontram-se os dois altares, em talha dourada, dedicados: um a Nossa Senhora do Rosário, onde para além da sua imagem é exibida uma imagem de S. Sebastião e o outro ao Espírito Santo, onde para além da impressionante imagem da Santíssima Trindade, também se encontra uma imagem de S. Brás, todas em pedra.

Um dos grandes destaques deste imóvel religioso vai para os seus oito valiosos painéis de azulejos moçárabes, atribuídos ao século XVI, quatro deles situados ao nível da capela -mor (dois a ladear a escadaria de madeira que ascende ao altar e outros dois inseridos nas paredes laterais); um par a integrar o arco de cruzeiro (e simultaneamente, a face lateral da base dos altares que o ladeiam) e os dois últimos, situados na face frontal da base dos altares do Espírito Santo e de Nossa Sra. do Rosário.

 

OM / Agenda Cultural