s. joão baptista
Igreja recuperada em Cambas
A 2ª fase das obras de recuperação da Igreja de S.
João Baptista, em Cambas, encontra-se concluída. Esta intervenção,
realizada pela Junta de Freguesia de Cambas e pela Comissão
Fabriqueira da Paróquia, permitiu a recuperação de todas as
madeiras existentes e a pintura do espaço.
Depois de terminada esta fase, os
responsáveis da Junta e da Paróquia pretendem avançar para uma
terceira fase, para a qual ainda não há financiamento. Uma
intervenção que pretende recuperar as talhas douradas e
altares.
Como é a
Igreja
Este templo assumiu a função de
Igreja Matriz até meados do século XX, tendo sido, simultaneamente,
sede do priorado de S. João Baptista de Cambas, ligado directamente
à Casa Real. Pertenceu durante alguns anos à diocese da Guarda,
sendo considerada na altura a mais rica de todas as suas
igrejas.
Situado muito próximo do Rio
Zêzere, o imóvel evidencia grande antiguidade e riqueza, realçadas
no interior pelo esplendor do espólio que apresenta. A capela-mor
está separada do resto da igreja por um arco de cruzeiro e é nela
que se situa o majestoso altar-mor, todo ele em riquíssima talha
dourada, onde são exibidas as imagens de S. João Baptista - numa
imponente representação do padroeiro deste templo - e de S.
Sebastião, ambas em pedra. Nele, também se encontra o riquíssimo
sacrário em talha, encimado por um pelicano, símbolo da
Eucaristia.
A ladear o arco de cruzeiro,
encontram-se os dois altares, em talha dourada, dedicados: um a
Nossa Senhora do Rosário, onde para além da sua imagem é exibida
uma imagem de S. Sebastião e o outro ao Espírito Santo, onde para
além da impressionante imagem da Santíssima Trindade, também se
encontra uma imagem de S. Brás, todas em pedra.
Um dos grandes destaques deste
imóvel religioso vai para os seus oito valiosos painéis de azulejos
moçárabes, atribuídos ao século XVI, quatro deles situados ao nível
da capela -mor (dois a ladear a escadaria de madeira que ascende ao
altar e outros dois inseridos nas paredes laterais); um par a
integrar o arco de cruzeiro (e simultaneamente, a face lateral da
base dos altares que o ladeiam) e os dois últimos, situados na face
frontal da base dos altares do Espírito Santo e de Nossa Sra. do
Rosário.