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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
Na antiga Escola Primária de Foz do Giraldo
A história do joalheiro francês que veio criar arte no concelho

ArtistaAs marcas internacionais Chanel, Cartier ou Dior fazem parte do portfólio de Mathieu Gallois, o joalheiro francês que trocou a cidade de Paris pela aldeia de Foz do Giraldo, na freguesia de Orvalho. É na antiga Escola Primária, cedida pela autarquia de Oleiros, que tem o seu ateliê.
Natural da cidade-luz, Mathieu Gallois decidiu vir para Portugal prosseguir a sua carreira como joalheiro. O conhecimento que travou com Louis Robert, o dirigente da Associação Coletivo Zêzere que reúne os mais de 30 artesãos estrangeiros que se instalaram no concelho de Oleiros e que a partir do pinhal interior trabalham para todo o mundo, foi decisivo na sua decisão.
A viver na Foz do Giraldo desde junho de 2022, Mathieu Gallois não tem dúvida que fez a opção mais correta. “Agora estou num local tranquilo, com pessoas muito simpáticas. É neste cenário, com luz natural, que crio as minhas peças”, refere, citado em nota enviada pela autarquia ao nosso jornal.
A escolha da aldeia de Foz do Giraldo acabou por ter um incentivo da Câmara de Oleiros, que lhe disponibilizou “um espaço amplo onde posso trabalhar. Os equipamentos que utilizo libertam muito pó, pelo que este espaço é perfeito”.
Não querendo fazer comparações entre Paris e Foz Artista1do Giraldo, Mathieu Gallois realça o modo positivo como os habitantes da aldeia o acolheram. E a antiga Escola Primária voltou a ganhar vida, com a produção de peças de joalharia únicas e exclusivas. O artista explica que o seu trabalho tem uma forte componente de joalharia contemporânea.
A tranquilidade da aldeia ajuda a todo o processo criativo e a cedência do edifício foi concretizada no passado mês de setembro, numa cerimónia que contou com as presenças do presidente e vice-presidente da Câmara de Oleiros, Miguel Marques e Paulo Urbano,
e do presidente da Freguesia de Orvalho, Luís Roque.
Aquela escola é o terceiro espaço educativo que estava devoluto e que ganhou uma nova função, no âmbito da Rede de Artes e Ofícios que está a ser desenvolvida pela Câmara de Oleiros. O objetivo dessa rede passa por criar condições para que artesãos de outras zonas de Portugal e do estrangeiro se possam estabelecer no concelho.
Miguel Marques, presidente da autarquia, citado na mesma nota, fala em apoiar e valorizar os artistas locais mas, ao mesmo tempo, “em atrair novos artesãos para aqui se estabeleceram. No concelho, a comunidade estrangeira tem acrescentado valor ao produto artístico que aqui é gerado”.