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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
Dez freguesias, Dez experiências
Álvaro de xisto e cortiça

71550619_2323279268001725_6985823925385035776_o.jpgA freguesia de Álvaro acolheu, no passado dia 28 de setembro, o ateliê temático dedicado ao xisto e à cortiça, realizado no âmbito do programa Dez Freguesias, Dez Experiências. A iniciativa, promovida pela Câmara de Oleiros, em parceria com a Junta de Freguesia de Álvaro e com os apoios da apoio da Comissão de Melhoramentos da Gaspalha e da Naturtejo, constituiu um excelente momento de convívio e de cultura.
O xisto foi evidenciado na geologia local, tendo os participantes ouvido as explicações da geóloga Joana de Castro Rodrigues, do Geopark Naturtejo. No caso da cortiça, esta esteve representada no artesanato da freguesia, como é o caso dos tropeços, os quais estavam a ser confecionados ao vivo durante a visita à oficina dos artesãos Teresa e José Nunes, um espaço muito agradável e preparado para receber turistas e visitantes.
Em nota enviada ao nosso jornal, a autarquia explica que "a jornada teve início na localidade de Gaspalha, mais precisamente na Casa da Cultura - um antigo lagar de azeite dinamizado pela Comissão de Melhoramentos daquela aldeia, o qual evidencia a importância que a fileira do azeite sempre teve na freguesia. Tendo como guias locais Tiago Rodrigues e Raquel Freire, numa abordagem muito completa, o grupo partiu então à descoberta de um percurso interpretativo onde não faltou a passagem pela oficina de António Martins, com a confeção artesanal de sapatos e outros artigos em pele; pelos inúmeros imóveis religiosos da freguesia e pela fonte da vila, onde nem o lendário local foi esquecido".
O itinerário contemplou ainda a passagem pela ponte romana, lembrando a existência de um trilho do Caminho de Santiago nas imediações. O valor histórico de Álvaro saiu favorecido, tendo sido referida a sua ligação à Ordem de Malta. Dentro do património 71500157_2323278541335131_948552636947234816_n.jpgnatural, para além do xisto, a atividade pretendeu ainda valorizar um dos geomonumentos mais emblemáticos do Geopark Naturtejo: os Meandros do Zêzere.
Já no Miradouro existente no Adro da Igreja Matriz, os participantes puderam contemplar o Vale do Zêzere e lembrar a barca d´Álvaro, a construção da barragem e da ponte, com referências aos testemunhos do antigo barqueiro, António Correia. Dali, o grupo desceu até à praia fluvial de Álvaro onde hoje se exibe emblematicamente um barco, junto da antiga Casa do Barqueiro, atualmente recuperada. O almoço teve lugar na sala de refeições "Olhar o Zêzere", onde os participantes, cerca de 60 no total, puderam degustar algumas das iguarias regionais como a sopa de peixe, o arroz de maranho ou a tigelada.
No final da atividade, a Companhia de Teatro Viv´Arte apresentou a recriação "Como Álvaro se fez de Álvaro", numa alusão à origem do nome da villa, contemplando ainda uma resenha pela história local. Em jeito de balanço, a organização realça a fidelização de participantes, nalguns casos famílias de várias gerações, ou o caso de uma participante oriunda de Portalegre que aderiu a esta iniciativa há três ateliês atrás e que diz que "não perde por nada estas atividades, as quais considera bastante enriquecedoras". O próximo ateliê (o nono) será dedicado ao linho e terá lugar no próximo dia 26 de outubro na freguesia de Estreito-Vilar Barroco.