Em Cambas
Família Viola em encontro
O mês de Agosto é por excelência, o mês
dos encontros e reencontros das famílias, que por determinadas
vicissitudes, foram construindo as suas vidas em territórios mais
ou menos longínquos da terra que, ainda, dizem sua.
É tempo de matar saudades, de saber
novas da família, do bisneto que nasceu ou do primo que após anos
de árduo trabalho, já se reformou e acompanha os netos à
escola…
É com o mês de Agosto, que a
família Viola se reencontra.
Este ano realizou-se a terceira
edição, que é bianual e tem início com a celebração da missa pela
intenção dos que já partiram.
Como não podia deixar de ser, é
seguida de um laudo banquete no restaurante local, que este ano,
juntou cerca de sessenta familiares (são oitenta e um), tendo o
mais novo dois anos e o mais velho oitenta e quatro.
Em Cambas, a aldeia onde os Violas
tem as suas raízes, terra de eleição para comemorar a amizade, onde
os laços se reforçam revivendo tempos de outrora, onde os mais
velhos, vão desfiando rosários de estórias que viveram com o
patriarca, António Martins Antunes (Viola). Desde as aventuras do
contrabando, passando pela vivência atrás do balcão da loja, onde
se vendia desde do sal aos metros de chita, até aos odres de azeite
e alqueires de milho que a terra, abençoada pelo Zêzere,
produzia.
São estórias que os mais novos,
nascidos já com as tecnologias, arregalam os olhos incrédulos, da
dureza dos tempos daquela época (décadas de 30e 40).
Vida áspera, que levava os
dezasseis netos, a espreitar o almoço do avô que fomentava uma
algazarra e correria até à mesa, onde era repartido o pão saboroso
mas escasso para tanta boca.
Foi assim, mais um Reencontro dos
Violas, que também em edições anteriores já viu projetada a árvore
genealógica da família, que se vai construindo com a paixão, pela
descoberta, do Luis e da Elisabete a quem a família agradece.