Sociedade Filarmónica Oleirense com nova sede
Há 118 anos a dar música ao concelho
A Sociedade Filarmónica Oleirense inaugurou a sua
nova sede social, numa cerimónia presidida pelo Ministro da
Economia, Álvaro Pereira, e que marca as comemorações dos 118 anos
da colectividade. A Filarmónica Oleirense é uma das mais
prestigiadas instituições do concelho de Oleiros e também uma das
mais antigas, pelo que a abertura da nova sede social representa o
culminar de um processo iniciado há alguns anos e ambicionado pelas
diferentes direcções da associação.
Aquela é pelo menos a leitura do
actual presidente da Filarmónica, Vitor Antunes. "A abertura da
nova sede é o concretizar de um sonho antigo que quer a minha
direcção, quer as anteriores, ambicionavam", começa por explicar,
para depois sublinhar: "a inauguração coincidiu com o meu mandato,
mas todas as anteriores direcções lutaram por ela. É um espaço que
está de acordo com os pergaminhos da instituição".
Fundada em 1894, a Sociedade Filarmónica Oleirense
tem hoje 58 executantes e cerca de 30 alunos nas aulas de música
dos instrumentos de acordeão (ministradas por Miguel Agostinho),
guitarra (Teresa Rodrigues) e órgão (José Coelho Caldeira).
Vitor Antunes diz que para além das
aulas da escola de música (cujas inscrições estão abertas), há
ainda as aulas de solfejo. "Neste caso, e com o pressuposto de que
os alunos de solfejo (as aulas são ministradas pelo maestro José
Mateus - há mais de 20 anos no cargo) vão fazer parte do corpo da
banda, o ensino é gratuito. Nas restantes aulas o custo mensal é de
25 euros", explica.
O presidente da Filarmónica mostra-se satisfeito
com o facto de muitos dos executantes da Banda serem jovens, o que
demonstra vitalidade na instituição. "Temos 58 executantes, mas nem
sempre conseguimos reuni-los todos para as actuações, pois muitos
deles estão a estudar fora de Oleiros. A média de idades é de pouco
mais de 20 anos", esclarece.
Ainda assim, a Filarmónica Oleirense é uma das
bandas referência na zona centro do país, tendo participado em
inúmeros festivais, festas e romarias.
A nova sede permitirá, no entender
de Vitor Antunes, a realização de diferentes actividades. "Temos um
auditório, com capacidade para 100 lugares, que nos abre a
possibilidade de ali realizarmos algumas actividades. Além disso, a
nova sede está localizada no centro da vila e poderá acolher
eventos de âmbito cultural, como exposições", diz o presidente da
direcção.
Vitor Antunes destaca o papel que a
Câmara de Oleiros e a Junta de Freguesia tiveram na construção da
nova sede. "Este novo espaço resolve os constrangimentos que
tínhamos no anterior espaço", diz.
Com 500
sócios, a Sociedade Filarmónica Oleirense tem também a questão dos
novos fardamentos resolvida. "Vimos uma candidatura apoiada através
da Pinhal maior e hoje já temos uma nova farda para a banda",
explica Vitor Antunes.
Com a nova sede a funcionar, os
desafios da colectividade são muitos. "Agora é importante dotar
esta estrutura de alguns equipamentos que são necessários", adianta
Vitor Antunes, para depois prosseguir: "queríamos organizar uma
sala museu que conte a história da Filarmónica. Além disso, será
necessário adquirir mais instrumentos, o que é oneroso, pois são
sempre caros, com a agravante de não podermos recuperar a taxa de
IVA que pagamos".
Como manda a tradição, a Sociedade
Filarmónica Oleirense, realiza o seu magusto no próximo dia 8 de
Dezembro. A iniciativa decorrerá nos estaleiros da Câmara e contará
com cerca de 250 pessoas, numa festa aberta aos sócios e
amigos.