Newsletter
Subscreva a nossa newsletter

Newsletter

FacebookTwitter
Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
Crónica
A força da escala

226230_1946104822145_1528283821_32057036_6382741_n.JPGOs principais vetores em que se deve apostar para garantir o eficiente desenvolvimento económico das regiões, principalmente as do Interior baseiam-se na captação da procura, no ganho de escala, na otimização da afetação dos recursos e no incremento de uma oferta capaz de responder à sofisticação da procura.

Cada vez mais se percebe que um território, só ganhando escala, se consegue afirmar em cada um dos seus clusters económicos. Sendo o turismo uma atividade económica importante, representando 9% do PIB nacional e 8% do emprego, se queremos ser eficientes, é fundamental que se pense em reforçar a escala dos territórios, garantindo-lhes um desejado posicionamento enquanto destinos turísticos e uma maior força comunicacional. Passar uma mensagem sobre determinada região e os seus pontos fortes ganha muito mais peso quanto maior for a sua escala. Só assim se consegue uma maior visibilidade e uma eficaz promoção e venda dos produtos e serviços turísticos junto dos operadores.

Há sempre um denominador comum transversal a um território agregado que pode ser visto como uma oportunidade, reforçando-lhe a identidade e contribuindo para a sua valorização. Congregar interesses comuns para que se crie um cluster forte, deve ser percebido por todos como uma prioridade.

A região onde Oleiros se insere possui inúmeros pontos fortes e potencialidades, assistindo-se atualmente ao incremento da oferta hoteleira existente e muito importante, a uma qualificação da resposta face a uma procura cada vez mais sofisticada. Nesse aspeto, existem duas questões que seria importante refletir, as quais têm a ver com o acesso dessa procura e o posicionamento estratégico de Oleiros.

Este é um concelho que se situa no eixo de ligação entre Fátima e a Serra da Estrela, dois destinos turísticos de massas que anualmente movem muitos milhares de pessoas em torno da procura pelo turismo religioso e da neve. Garantir uma eficiente mobilidade das massas entre os dois destinos, poderia representar uma alavanca interessante para o desenvolvimento económico da região e do país. Este é um argumento que apesar da conjuntura que vivemos, pode revelar-se tecnicamente bastante viável e começar a ganhar algum peso. Nesse aspeto, a força da escala poderá ser fundamental.

Inês Martins
(Engenheira Agrónoma)