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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
Dia da Proteção Civil assinalado
Concelho de Oleiros mais seguro
protecaocivil.JPGA Câmara de Oleiros assinalou, no passado dia 2, o Dia internacional da Proteção Civil, com um conjunto de atividades, que tiveram início no salão nobre dos paços do concelho.   A iniciativa contou com a presença de Fernando Jorge, presidente da autarquia, de Rui Esteves, comandante distrital da Proteção Civil, de Victor Antunes, vice-presidente da autarquia e vários elementos ligados ao setor.
 
O programa que celebra o dia da Proteção Civil dedica muito do seu tempo às crianças. Com o slogan "Crescer em Segurança", o CODIS, em conjunto com o presidente da Câmara e o SMPC, percorreram os dois infantários da vila de Oleiros, onde sensibilizaram as crianças para a temática através de desenhos para colorir. Neste mês dedicado às comunidades resilientes, haverá ainda visitas aos bombeiros com as várias escolas do concelho e visitas aos lares para esclarecer sobre medidas de auto-proteção. No dia 15 de março foi apresentado o Plano Operacional.
 
Fernando Jorge agradeceu ao Comandante Rui Esteves o zelo na defesa das pessoas e bens, reforçando que a Proteção Civil merece todo o carinho e respeito, destacando ainda o empenho e dedicação do vice-presidente da Câmara ao longo de tantos anos de serviço na proteção das pessoas e bens, trabalho que nem sempre é visível mas que contribui muito para o bem-estar da população. Por fim, frisou que as catástrofes que têm acontecido têm sido combatidas e prevenidas em grande força, para que não se tornem ainda maiores.
 
Na cerimónia, e segunda uma nota de imprensa enviada ao Oleiros Magazine, Victor Antunes fez uma breve abordagem sobre o que tem sido o trabalho conjunto do Gabinete Florestal e do Serviço Municipal de Proteção Civil. A forte aposta na floresta tem passado por algumas candidaturas como a instalação de uma Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível, candidata ao PRODER (Programa de Desenvolvimentos Rural), que compreende um investimento total de 1,5 milhões de euros. Abrangendo uma área total de1632 hectares, esta é uma infraestrutura de Defesa da Floresta Contra Incêndios, com uma largura das faixas de 125 metros que permite estruturar todas as estratégias de combate mais aconselháveis à segurança das forças de combate. A construção de reservatórios de água para defesa da floresta contra incêndios, consistiu numa candidatura para 14 pontos de água.
 
Deste total, foram aprovados até ao momento 13 pontos de água, sendo distribuídos um por cada freguesia, com exceção de Oleiros-Amieira e Estreito-Vilar Barroco que totalizam três pontos em cada freguesia. Estes pontos de água vão reforçar os já existentes, garantindo o ataque aos incêndios, tanto por meios terrestres como por meios aéreos e representam uma candidatura de mais de 600 mil euros. Candidatos ao PDR2020, são a sinalização das infraestruturas supra referidas e ainda a limpeza das galerias ripícolaspermitindo a função tampão destes espaços à progressão de incêndios.
 
Na mesma nota é referido que, "com financiamento do Município, está a ser feito um grande trabalho na beneficiação da Rede Viária Florestal, que irá melhorar a acessibilidade aos terrenos florestais, quer para a sua gestão quer para a sua defesa em caso de incêndio. Foi ainda substituída uma moto-bomba para abastecimento de auto-tanques para uma com grande capacidade e será adquirida antes da época crítica de incêndios, uma nova moto-bomba portátil que permite o abastecimento noutros locais de necessidade. Também no período crítico de incêndios florestais, existem no terreno 10 equipas de vigilância e primeira intervenção, pertencentes às Juntas de Freguesia e que, com o apoio do Município e com Treino dos Bombeiros, estão operacionais durante esses três meses e sempre que necessárias durante o resto do ano, prontas a intervir".
 
Victor Antunes, citado na mesma nota de imprensa, frisou ainda o Sistema de Apoio à Decisão adquirido pelo Município de Oleiros em 2015. Esta ferramenta, vulgarmente designada por videovigilância, serve de apoio à decisão sendo considerada de extrema relevância nas ações de deteção, validação, caracterização e monitorização remota de incêndios florestais. As duas câmaras de vigilância existentes encontram-se no Cabeço Rainho e no posto de vigia de Álvaro. Victor Antunes acrescentou que se espera "que até ao início da época crítica de Incêndios do presente ano, estejam em funcionamento mais 2 câmaras. Uma na Ameixoeira (Estreito/Vilar Barroco) e uma outra em Zibreiro (Orvalho)".
 
O mesmo comunicado revela que no ano de 2015 foi implementado o Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Oleiros. Luís Antunes, Comandante Operacional Municipal apresentou parte da equipa com quem mais se articula, desde técnicos da ação social, ambiente, florestas, engenharia civil, ordenamento do território, psicologia e proteção civil. O Comandante frisou que é possível e mais fácil identificar casos problemáticos e consequente resolução dos mesmos. Problemas como acidentes rodoviários, auxílio e apoio a familiares e vítimas de acidentes, apoio no período pós-incêndio, cheias, derrocadas e até mesmo aldeias isoladas pela queda de neve, têm uma atenção cada vez mais redobrada.
 
Por fim, o Comandante Operacional Distrital (CODIS), Rui Esteves, frisou que "Proteção Civil é a uma tarefa de todos e envolve todas as entidades e os cidadãos". Por toda a organização que está a ser feita no sentido de identificar situações que precisam de ser intervencionadas, o Comandante louvou a disponibilidade do Sr. Presidente para este projeto do risco de incêndios.
 
Em 2013, foi criado em Oleiros um treino de máquinas de rasto nível 1, que foi posteriormente implementado a nível nacional. Rui Esteves transmitiu em primeira mão, que Oleiros será, este ano, o local onde decorrerá o treino operacional nível 2 para todos os operacionais do país. Relembre-se que em 2015, foram necessárias 8 máquinas de rasto para travar o incêndio e que são portanto ferramentas de extrema utilidade, uma vez que "a prevenção é um investimento e não um custo".