O presidente da Câmara de Oleiros está empenhado em poder criar rebanhos comunitários em Oleiros. Fernando Jorge sabe que a tarefa não é fácil, mas assegura que será uma mais valia para o concelho. "A caprinicultura pode ser uma fonte importante de rendimento para a nossa região. Hoje a figura do pastor, como a conhecíamos no passado, está ultrapassada. Atualmente falamos, isso sim, em empresários que se dedicam a este tipo de atividades, as quais são lucrativas".

O autarca explica que "há verbas comunitárias para esse tipo de projetos. A própria direção Regional de Agricultura e Pescas está muito empenhada nesta matéria, solicitando-me que fossem feitas candidaturas para o aparecimento de pastores". Fernando Jorge revela que tem "encontrado algumas dificuldades" em implementar esta estratégia, "pois muitas pessoas já têm alguma idade e têm direito ao seu descanso, e outras não acham esta atividade tão aliciante. Mas nós não iremos desistir de implementar no concelho este modo de desenvolvimento, o qual pode ser muito benéfico para as pessoas".

Adelina Martins, diretora regional da agricultura, lembra a este propósito que "ser pastor hoje não é o mesmo que no passado. As novas tecnologias devem ser tidas em conta. Há vários meios e metodologias que permitem ter rebanhos conjuntos".

A diretora regional considera que "aquilo que hoje queremos enquanto qualidade de vida não é o mesmo que acontecia no passado. Por isso, ser pastor é uma atividade agrícola como qualquer outra".

O presidente de Oleiros fala também na importância que esta aposta terá para a floresta. "Quando falamos na caprinicultura no concelho de Oleiros, falamos em vários aspetos. Por um lado a criação de animais e a sua venda, e por outro a limpeza da floresta".