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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Dezembro 2024 nº93 Ano XXIII
Missão solidária “Cadeia de Esperança”
Operar em Moçambique para salvar vidas

Medico 3O médico cirurgião cardíaco, André de Lima Antunes, com raízes no Orvalho, participou, de 30 de novembro a 8 de dezembro, numa missão solidária em Moçambique, integrada na Organização não-governamental “Cadeia de Esperança”. O médico integrou uma equipa liderada pelo antigo diretor do serviço de cirurgia cardiotorácica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Manuel Antunes, e que integrou o atual diretor desse serviço, David Prieto, a técnica de cardiopneumologia, Catarina Lopes, e os enfermeiros de cuidados intensivos desse mesmo serviço, Ricardo Simões e António Ferreira.
No regresso, André de Lima Antunes explica que foram feitas “três a quatro pessoas por dia, entre adultos e crianças” e realça o facto de não ter surgido nenhuma morte”. Em Moçambique há uma prevalência muito significativa de febre reumática, a qual afeta as válvulas do coração. Isso obriga tanto ao seu arranjo, como à Medico 5sua substituição. Metade das cirurgias que efetuámos foram feitas a crianças. A satisfação pela missão foi generalizada, quer pelos resultados cirúrgicos, quer pela formação. Foi muito enriquecedor. Sentir a gratidão das crianças e das famílias conforta-nos e motiva-nos a querer voltar lá”, diz ao Oleiros Magazine,
O médico, que exerce funções no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, reforça a ideia de que “a melhor gratidão que temos é recebermos o sorriso das crianças e das famílias. São momentos que se sentem”.
Para André de Lima Antunes estas missões de voluntariado são “muito nobres e devem repetir-se. O papel da “Cadeia de Esperança” em todo este processo é elogiado pelo médico. “Em Portugal quase que não ouvimos falar desta organização. Mas para terem uma ideia em Inglaterra ela tem um orçamento de oito milhões, o que lhe permite realizar muitas missões de voluntariado e apoiar mais pessoas” adianta.
Medico 4A missão decorreu no hospital do Instituto do Coração (ICOR) fundado pelo médico português Manuel Antunes e pela também médica Beatriz Ferreira, que criaram aquele hospital com o intuito de operar sobretudo crianças, ao coração, de forma gratuita. Isto porque em Moçambique há uma grande prevalência de febre reumática junto das crianças. Uma doença que afeta as válvulas do coração, o que obriga tanto ao seu arranjo, como à sua substituição.
A sua participação nesta missão solidária é a concretização de um desejo que já vinha do internato. “Este ano proporcionou-se. É algo que quero repetir, talvez noutros países. Tirar tempo da nossa vida para fazer algo como o que fizemos em Moçambique é muito enriquecedor”.