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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
Uma excelente prenda para o Natal
“Receitas das Avós” com avós do concelho

Livro1O segundo volume do livro Receitas das Avós foi apresentado dia 17 de dezembro, na Biblioteca de Castelo Branco. Esta obra reúne avós de todo o país (algumas das quais do concelho de Oleiros, das freguesias de Estreito/
/Vilar Barroco e de Sarnadas de São Simão) e receitas pelas quais os netos mais reclamam. Depois de duas edições já esgotadas, o livro “Receitas das Avós” surge num segundo volume onde novas avós dão a conhecer as suas receitas (diferentes dos livros anteriores).
Esta obra, coordenada pelo jornalista João Carrega e pela docente Florinda Baptista, apresenta um conjunto significativo de receitas de avós de várias regiões do país, onde o ingrediente principal é o carinho com Llivro2que aquelas senhoras confecionam os seus pratos.
O livro, editado pela RVJ Editores, tem o posfácio de Maria de Lurdes Gouveia Barata e assume-se como um espaço de afetos e sabores. “O segundo volume da coleção Receitas das Avós reforça essa ideia. Mas reforça também o carinho e o amor que as senhoras, que aceitaram dar a cara e disponibilizar as suas receitas para esta obra, têm pelos seus netos, pela sua família. Muitas das nossas avós aproveitaram o momento para contar as suas histórias. Infelizmente neste livro não conseguimos colocar todas essas histórias, mas apresentamos, através das receitas, todo o seu mundo, as dificuldades de outros tempos, de tempos difíceis, em que a criatividade deu origem a pratos simples e Livro3deliciosos, hoje apresentados em muitos espaços como «gourmet»”, explicam os coordenadores deste trabalho.
No fundo, referem, “este volume mostra-nos isso mesmo. Não havia leite, faziam-se rabanadas com água… ou vinho. Não havia conduto, guisava-se o feijão com a cebola. Não havia frigoríficos, colocava-se a pá de porco na salgadeira que meses depois se transformava em presunto. Para o tacho iam também os produtos que a terra dava, as beringelas que além de fritas dão um ótimo esparregado; o milho cuja farinha permite confecionar broas de sabor inigualável; o leite de cabra, que com o coalho e as mãos certas, dá uns queijos frescos muito saborosos; as acelgas, o grão, o feijão e os espinafres capazes de transformar o caldo em sopas divinais; ou as favas que até com açúcar amarelo são de comer e chorar por mais”, explicam.
Livro4“Esta criatividade que passou de geração em geração, mantém hoje pratos que não só cativam os netos, como os filhos, os primos e o resto da família. Que em muitos casos levam os comensais a percorrer quilómetros e quilómetros para os degustar. A miga de peixe do rio, a lampreia, o maranho, o coelho guisado ou recheado, ou o laburdo, são exemplos desse sacrifício gastronómico. Um sacrifício que é também notado noutros pratos que utilizam diferentes correntes da cozinha nacional e internacional, que os tornam mais cosmopolitas – onde o bacalhau, o caril, o porco bísaro, o borrego, o frango do campo ou o camarão assumem destaque”, contam, para lembrar o conjunto significativo de sobremesas que compõem este volume. “É um excelente livro para a quadra natalícia que se está a viver”, concluem.
O livro está já à venda em pré-reserva na loja virtual da editoral, em https://ensino.eu/loja-virtual/.