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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
Dia Internacional da Montanha assinalado no Orvalho
Reduto com 300 milhões de anos

Dia Das MontanhasO Dia Internacional das Montanhas voltou a ser assinalado pelo Geopark Naturtejo e pelo Município de Oleiros, com o objetivo de valorizar o património da Serra do Moradal, um reduto histórico com mais de 300 milhões de anos, disse ao Oleiros Magazine a autarquia oleirense.
A data foi assinalada com um colóquio, no Auditório da Junta de Freguesia de Orvalho, onde participaram diferentes oradores nas mais variadas áreas, em torno de uma temática que começa a ser percebida como vetor de diferenciação do território.
O Grande Vale do Zêzere, o Cabeço do Mosqueiro onde está atualmente um miradouro são “atrações que foram sendo trabalhadas ao longo destes anos, ao mesmo tempo que se estabeleciam caminhos pedestres que têm vindo a acrescentar valor às freguesias”, frisou Paulo Urbano, Vereador da Câmara Municipal de Oleiros, que enquanto presidente da Junta de Freguesia do Orvalho apostou na valorização da Georota, “um trabalho que está a ter continuidade”, completou.
“A Serra do Moradal é um testemunho antigo destas paisagens”, onde existem vestígios de vida de um oceano que já não existe”, recordou Carlos Neto Carvalho, coordenador científico do Geopark Naturtejo, citado em nota enviada pela autarquia. Aquele responsável realçou ainda a importância da paleontologia existente na pedreira Penha Alta e no Portelo.
Também citado na mesma nota, Paulo Félix, da Associação de Estudos de Alto Tejo, referiu-se à posição geoestratégica do Castro do Picoto e de toda a linha defensiva Moradal-Talhadas, onde também existem “baterias e outras construções militares que são tão ou mais importantes quanto as Linhas de Torres, legados que urge preservar”.
Orvalho, que em 1186 pertencia à Covilhã, foi depois integrado no concelho do Fundão, no
séc. XVIII, dados históricos trazidos à luz pelo investigador Leonel Azevedo, a quem foi colocado o desafio pelo presidente da Junta de Freguesia do Orvalho, Luís Roque, ser orador de um colóquio específico sobre o passado desta localidade.
A Serra do Moradal e em concreto, o Vale da Cascata da Fraga de Água d´Alta, “é uma janela para uma série de espécies em vias de extinção”, realçou Sílvia Ribeiro, da Universidade de Évora que a denominou como a “Floresta da Era Terciária ou Laurissilva”, sendo um “bosque relíquia”, onde azereirais e medronhais revelam elevado “interesse para conservação”.
A finalizar, Pedro Martins, fotógrafo da natureza e há muito um visitante das montanhas de Oleiros, elucidou os presentes sobre os vários tipos de imagens que se podem captar a partir de abrigos e hides.