Editorial
Editorial
Chegados mais uma vez a dezembro,
época de paz e de felicidade, parece nascer na maioria das pessoas
uma contagem decrescente para o reencontro com a família muitas
vezes distante, mas que aproveita a época para estreitar laços. Os
mais pequenos focam-se já nos presentes de Natal e nas tão
desejadas "férias".
Hoje, no entanto, somos inundados
pela violência entre os Homens. Gostaria que, neste tempo de Luz, a
palavra inspiradora para a Quadra Natalícia pudesse ser a
Tolerância. O Dia Internacional da Tolerância, celebrado anualmente
a 16 de novembro, visa promover o bem estar, progresso e liberdade
de todos os cidadãos, assim como fomentar a tolerância, o respeito,
o diálogo e a cooperação entre diferentes culturas, povos e
civilizações.
Atualmente, a Intolerância parece
começar a fazer escola, pois somos bombardeados pelos meios de
comunicação social sobre este fenómeno, não sei se por isso mesmo e
pelo papel que os "media" têm na formação da mentalidade dos nossos
jovens, questiono se não passou a ser mero espetáculo. Quando
vemos, ao vivo, as cenas de filmes de violência entre Homens, a
pergunta é: Será mesmo necessário a informação-espetáculo?
A escola é, depois da família, o
espaço de fermentação dessa tolerância e deve assumir-se como
difusora das boas práticas, do elogio à tolerância e o respeito por
todos. A escola deve também sublinhar e acentuar os exemplos para
que sejam estes a referência, mas, infelizmente, reconheço que a
grande maioria da energia é gasta a condenar os exemplos menos
bons. Deste modo, os Bons exemplos ficam relegados para segundo
plano, devendo ser esses a sobressair.
Cabe a todos nós promover a
tolerância no nosso espaço e no mundo.
Assim, destaco três artigos da
Declaração Universal dos Direitos Humanos:
• Todas as pessoas têm direito à
liberdade de pensamento, consciência e religião.
• Todos têm direito à liberdade de
opinião e expressão.
• A educação deve promover a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações, grupos
raciais e religiosos.
Assim, tentemos pôr em prática esta
palavra muitas vezes esquecida e tentemos, nesta Quadra e no resto
do Ano, ser um pouco mais tolerantes, e valorizar o que de melhor o
Homem tem.
Votos de um Feliz Natal
António Cavaco
O Diretor do AEPAA