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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
Editorial
Resiliência

O concelho de Oleiros voltou a ser afetado por incêndios florestais que tornaram negro o outono e obrigaram a comunidade a juntar forças para ultrapassar um momento tão delicado e destrutivo do ponto de vista económico, ambiental, mas sobretudo social. Os oleirenses já demonstraram ser resilientes, corajosos e determinados, mas que diabo, chegou a altura do país olhar para o nosso território, sem caridade, mas com solidariedade e acima de tudo com coesão territorial. Com medidas imediatas e simples de executar, de apoio direto às pessoas e às empresas. É importante ultrapassar as burocracias e colocar no terreno esse apoio. A Escuderia Castelo Branco deu um bom exemplo este mês com a entrega de milhares de árvores ao concelho para reflorestação.

 Nunca como hoje os territórios de baixa densidade precisaram de intervenção. Uma intervenção à escala global, articulada, mas efetiva. Que concretize medidas diretas a curto, médio e longo prazo. Diz a velha máxima que depois da tempestade vem a bonança. Normalmente os ditados populares têm algum fundo de verdade. Acontece que esta tempestade foi um fogo destruidor, que deixou marcas profundas, que importa fazer sarar. Certamente virá a bonança, mas agora importa apoiar quem precisa. Houve casas ardidas, empresas destruídas, floresta queimada.

 A quadra que agora vivemos é de solidariedade. Oleiros sempre foi solidário. Nunca pediu nada a que não tivesse direito. Uma postura reta, difícil, mas que deve orgulhar todas as suas gentes. E aquilo a que tem direito é muito. Haja por isso coragem de tomar medidas nacionais que promovam a coesão territorial e o desenvolvimento de territórios como o nosso. Nós, resilientes, cá estamos dizendo aquilo que nos faz falta. O importante é que o apoio chegue ao terreno, de forma simples e direta, sem rodeios, nem complicações.

 A todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, com a esperança que será melhor que 2017.

 



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