Opinião
A internacionalização do produto de Oleiros
Durante quatro semanas, de 25 de
novembro a 24 de dezembro, alguns dos produtos agroalimentares de
Oleiros (medronho, mel, azeite...) estão representados no Mercado
de Natal de Estrasburgo. Considerado o maior e mais antigo mercado
de Natal, com mais de 500 anos de tradição, neste emblemático
certame são esperados este ano 2,3 milhões de visitantes e um
impacto económico de 250 milhões de euros. A operação pretende "dar
ênfase a um país rural de qualidade, com uma identidade própria e
reconhecida autenticidade".
Com um objetivo claro de
favorecer a internacionalização do território, a ideia passa por
promovê-lo enquanto destino turístico, através de alguns dos seus
produtos diferenciadores e com elevado potencial de exportação.
Cada vez mais, começa a verificar-se uma procura significativa por
parte dos mercados do Centro e Norte da Europa, não só no que se
refere aos nossos produtos, mas também no que concerne ao nosso
país. Parece que a sua localização no extremo ocidental europeu
sempre deu origem a alguns mitos e lendas que pretendem agora
"desbravar".
Esta e outras iniciativas de
promoção no estrangeiro são fundamentais para afirmar regiões como
a nossa, a qual possui uma identidade forte e muitas emoções e
experiências para oferecer. Pretende-se trazer as pessoas para o
chamado interior (se é que esta é a designação correta num
território com cerca de 200 km de largura) de um país cada vez mais
procurado e cuja diversidade representa um inquestionável ponto
forte. Do mesmo modo, tenta-se reduzir as assimetrias existentes na
área do turismo (sabendo que 90% dos turistas vão para o
litoral).
Numa era global como a que
vivemos, o futuro passa cada vez mais pela internacionalização,
conseguida através da promoção dos nossos produtos lá fora
(potenciando a sua exportação), ou pela nossa afirmação enquanto
destino diferenciador. No concelho de Oleiros, existem casos
notáveis de sucesso de algumas empresas com vocação exportadora e
um vasto palmarés de vitórias conquistadas no estrangeiro. Há que
seguir estes exemplos vencedores e apostar nas nossas reconhecidas
potencialidades, valorizando-as.
Essa valorização de recursos
endógenos pode ser feita sob o "chapéu" "terras de excelência",
"inovação na natureza", "território do xisto", ou até, porque não,
"finisterra da Europa"? O importante é sermos arrojados no que
fazemos, sempre com qualidade de topo e agarrando todas as
oportunidades com determinação. Só assim se consegue tirar partido
de um saber-fazer e de um saber-receber que nos devem orgulhar e
inspirar.
Votos de Festas
Felizes.