Navegação
Trilhos do Estreito campeão nacional
A equipa Trilhos do Estreito,
composta por João Martins e Tiago Dias sagrou-se campeã nacional de
navegação 4x4. A formação do concelho venceu quatro das cinco
provas em que participou, tendo ficado em segundo lugar na outra.
Com este triunfo o Trilhos do Estreito vê reconhecido o trabalho
que tem vindo a desenvolver nesta modalidade, não só na
participação de provas, como também na sua organização.
De resto, as regras do Campeonato
referem que as equipas utilizam as cinco melhores classificações
das seis provas realizadas. Como o Trilhos do Estreito organizou
uma prova pontuável para o campeonato nacional, não pôde participar
nela, pelo que apenas poderia usufruir dos pontos obtidos nas
outras cinco.
O Oleiros Magazine que acarinhou
este projeto desde a primeira hora presta também a devida homenagem
ao João Martins e ao Tiago Dias. No rescaldo da vitória, aqui fica
a entrevista a João Martins. Neste percurso de vitórias, a equipa
do Estreito utilizou o jeep Wrangler Rubicon.
De referir que o campeonato
nacional de navegação é evento desportivo e turístico de aventura,
navegação e fotografia, no mais puro espírito competitivo, em que
as equipas têm de descobrir 60 waypoints durante as 7 horas de cada
prova, com o auxílio de mapas (carta militar à escala 1.25000) e
GPS. Durante todo o campeonato a equipa Trilhos do Estreito/OFM foi
a que mais waypoints conseguiu validar, conseguindo assim a vitória
final do Campeonato.
Quando partiram para este
campeonato havia a perspetiva de se poderem sagrar campeões
nacionais?
Esta equipa formou-se por uma feliz
coincidência, pois havia um condutor com jipe a quem faltava um
navegador e havia um navegador (eu), a quem faltava um jipe e um
condutor. Um dia em conversa pôs-se a possibilidade de
participarmos juntos nas duas últimas provas do campeonato nacional
de navegação de 2013. Sem grandes aspirações, pois não nos
conhecíamos, avançámos para a participação na penúltima prova de
2013 em que conseguimos alcançar o 2º lugar na classificação da
etapa. Como as coisas correram bem participámos na última já com
outra garra e conseguimos o 1º lugar nessa prova. Estes resultados
levaram-nos a pensar que poderíamos ter um bom desempenho, pelo que
quando partimos para este campeonato os nossos objectivos eram
ficar nos três primeiros lugares, mas lutando sempre para ser
campeões nacionais, o que se veio a verificar.
Quais as principais
dificuldades encontradas?
As principais dificuldades neste
tipo de campeonato é a variedade de locais onde o mesmo decorre,
pois houve provas na Serra do Marão e nas planícies de Coruche,
assim temos que nos adaptar a todos os tipos de terrenos, tentando
sempre abordar os "waypoits" pelo caminho certo para evitar perder
tempo.
A participação neste
campeonato obrigou a algum treino específico?
Treino, não propriamente, nós já
tínhamos alguma experiencia neste tipo de provas, eu participei no
campeonato em 2012 e o Tiago tinha já muitos anos de condução em
todo o terreno e também em provas de navegação. A conjugação das
nossas experiencia enquanto piloto e navegador, resultou numa
equipa bastante forte.
O campeonato é composto por seis
provas, sendo que para a classificação final apenas contam as
melhores cinco, pois cada equipa deita fora a sua pior prova no
campeonato.
Nós participámos em 5 provas, como
organizamos uma no Estreito, ficámos impedidos de participar,
ficando essa a nossa prova que deitamos fora.
Das cinco em que participámos,
ganhámos 4, o que nos permitiu chegar à última etapa numa posição
confortável, pois bastava terminar a prova no 12º lugar para ganhar
o campeonato, pelo que resolvemos não arriscar muito, tendo
conseguido o 2º lugar na última etapa em Coimbra.
A participação em provas
de navegação é um projeto em que se têm especializado. Com a
conquista deste título, pode dizer-se que foi uma aposta
ganha?
Sim, podemos dizer que sim, acho
que a nossa aposta na organização de provas de navegação e a
conquista do campeonato nacional é um meio de promoção que leva o
nome do concelho de Oleiros e das atividades desenvolvidas pela
associação Trilhos do Estreito a todo o país.
Com tudo isto conseguimos que se
fale do concelho de Oleiros nas revistas e jornais nacionais da
modalidade, o que é uma mais-valia para todos.
Que apoios tiveram e qual
a viatura utilizada?
Tivemos apoio incondicional da
Junta de Freguesia do Estreito, da Camara Municipal de Oleiros e de
uma grande empresa nacional mais ligada ao ciclismo que é a OFM.
Tivemos também o apoio das empresas Henrique Mateus & Filhos,
Lda, NovaFloresta, Lda., João de Sousa Baltasar, S.A. e Diamantino
Jorge & Filho, Lda. A todos o nosso obrigado, pois sem estes
apoios não era possível esta conquista.