O início das obras de construção da nova estrada entre Oleiros e Sertã constitui mais um marco para o encerramento da rede de acessibilidades para com os concelhos vizinhos de Oleiros. Depois da conclusão da estrada entre a Isna e o Pontão do Laranjeiro, e com o início daquelas obras, fica a faltar uma ligação condigna à capital de distrito.

Uma nova estrada de Oleiros para Castelo Branco deveria ser vista pelo Governo como uma forma de travar as assimetrias entre o litoral e o interior. Uma nova ligação à capital de distrito melhoraria os cuidados de saúde prestados à população, fomentaria o desenvolvimento económico e certamente fixaria mais gente no concelho.

A Câmara de Oleiros e os seus responsáveis perceberam, desde há muitos anos a esta parte, a necessidade daquela estrada. O próprio presidente da Câmara tem feito sentir isso aos vários governos que têm assegurado os destinos do País. José Marques travou, nas últimas décadas, uma "luta" com os governantes nacionais para que o concelho tivesse melhores acessibilidades.

É certo que neste momento a situação económica do País será o argumento justificativo por parte do executivo de Passos Coelho. Mas aos oleirenses cabe a responsabilidade de continuarem a lutar por aquilo que consideram ser necessário. E se uma estrada nova não poderá ser, no curto prazo, concretizada, a requalificação daquela que existe seria exequível, um pouco à imagem do que sucedeu com o troço das curvas do Padrão.

Em tempos de crise há que ter a arte e o engenho de transformar as dificuldades em oportunidades. A história demonstra que os oleirenses sempre o souberam fazer. Estamos certos que vão continuar assim. Da nossa parte, como sempre, terão todo o nosso apoio.