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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Agosto 2024 nº91 Ano XXIII
Fernando Jorge deixou município por questões de saúde
“São os munícipes que devem fazer a avaliação do nosso trabalho”

Fernando JorgeFernando Marques Jorge anunciou ao Oleiros Magazine que renunciou ao cargo de presidente da Câmara de Oleiros, no passado dia 31 de maio, por razões de saúde.
Miguel Marques, que ocupava o segundo lugar na lista do PSD nas últimas autárquicas, assumiu a presidência do Município.
Fernando Jorge esteve 10 anos à frente dos destinos do Município de Oleiros, tendo vencido todas as eleições com maioria absoluta.
Ao longo dos seus mandatos várias obras marcaram o concelho, como as Devesas Altas, no centro de Oleiros; o novo campo da feira; o miradouro do Zebro (em obra) da autoria do arquiteto Siza Vieira; a colocação de relva sintética no Campo de Futebol do Estreito; e diferentes intervenções rodoviárias.
Os apoios sociais, as bolsas de apoio aos alunos do concelho que prosseguiram estudos no ensino superior, os incentivos à fixação de pessoas no concelho, a saúde de proximidade ou o apoio aos cuidadores informais, foram outros dos projetos desenvolvidos.
“Em tudo o que me meto quero estar de corpo e alma. Vou continuar a ajudar (Oleiros) naquilo que puder, mas neste momento não é possível estar de forma assídua na Câmara de Oleiros”, disse Fernando Jorge.
O ex-autarca recorda que os 10 anos a que presidiu à autarquia oleirense foram “estimulantes, com o senão de termos enfrentado grandes incêndios, a pandemia do COVID-19 e a minha doença. Divido a nossa ação em três partes”.
Fernando Jorge, em resposta enviada por escrito, recorda que herdou “um Concelho economicamente saudável, com boas vias de comunicação municipais, muitas e boas infraestruturas, mas muito envelhecido e despovoado à semelhança de todos os concelhos do Centro e Interior de Portugal. A manutenção das obras públicas e o melhoramento das mesmas foi uma prioridade”.
O ex-autarca apresenta três exemplos: “penso termos sido o primeiro Concelho do País a eliminar os telhados de fibrocimento dos estabelecimentos escolares. Melhorámos as acessibilidades como a circular externa da vila de Oleiros, as estradas da Pisoria, do Sobral, da Isna, ou do Mosteiro entre outras. Requalificámos espaços públicos. Em segundo lugar, tivemos a preocupação de dar melhores condições de vida aos nossos conterrâneos, criando condições para a fixação de médicos, apoiando as famílias que vivem mais isoladas, desenvolvendo programas de apoio ao cuidador, às pessoas enlutadas, aos jovens com o programa “Oleiros educa”, “Oleiros jovem” e “Oleiros integra”. Criámos lotes para jovens construírem habitação própria a 1 euro o metro quadrado, entre muitos outros apoios. Em terceiro lugar lutámos contra o despovoamento, tendo em conta a criação de postos de trabalho atraindo empresas, apoiar as existentes, reduzir ao mínimo a carga fiscal dos habitantes e empresas”.
Ainda assim, refere que são os munícipes que poderão fazer o balanço do trabalho realizado. Fernando Jorge fica ligado à requalificação das Devesas Altas, à construção do novo parque de feiras, da circular externa à vila, ao arrelvamento do campo de futebol do Estreito, e à intervenção na rede viária no concelho. O ex-presidente fala também na requalificação da zona envolvente à Igreja Matriz, “com a construção da casa Padre António de Andrade, que também é utilizada como casa mortuária. Há outras intervenções que não são visíveis, como saneamento básico em muitas localidades com investimento de cerca de três milhões de euros, o abastecimento de água ao domicílio em vários locais do concelho, ou a instalação de muitos reservatórios de água para combate aos incêndios”.
Entre outras áreas, Fernando Jorge fica também associado aos encontros de todos os autarcas da região centro, em Oleiros. “Convidámos os autarcas da Região Centro e reunimos por duas vezes em Oleiros cerca de vinte Presidentes de Câmara com o objetivo de trabalharmos em conjunto no desenvolvimento desta faixa do País. Desde uma via rápida com perfil de autoestrada de Monfortinho até à Figueira da Foz, a dinamização do Porto da Figueira, a barragem do Alvito e mesmo a fixação do novo aeroporto a norte de Lisboa, entre outros assuntos. Foi aprovado fazer-se um Fórum para debater estes temas, o que ainda não aconteceu”.