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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
Bom Censo

ines_martinsNuma altura de reflexão em torno dos dados demográficos do chamado Interior e do seu futuro, verificando os fluxos e factos que têm ocorrido na região, será pertinente referir que todos somos responsáveis pelo meio onde nos inserimos. Parte de nós, em primeira instância, a sua valorização. Todos os que vivem o território (porque nele residem, trabalham, investem ou porque o visitam), independentemente do ideário de cada um, têm uma quota-parte de influência no acréscimo de valor que nele é gerado ou no fomento da sua atratividade.
Quem aqui vive, beneficia de um ecossistema de afetos e emoções de proximidade, o que amplia o impacto da sua pegada social. Entre as mais-valias associadas ao modus vivendi dos territórios de "baixa densidade" (apenas em termos demográficos!), destaca-se o potencial de empatia que pode ser gerado entre a comunidade. Desde sempre, este tem representado uma das marcas identitárias de várias vilas e aldeias, conferindo-lhes uma alma própria.
A terminar, reforço que os indivíduos que se inserem num habitat, para além da questão da pertença ao mesmo meio, são simultaneamente influenciados por ele e seus influenciadores. A capacidade acolher e incluir, de criar conexões e de estabelecer sinergias, dependerá muito do envolvimento e da empatia coletiva que se for gerando. Só assim se conseguirá, a uma escala significativa, afirmar uma comunidade e discriminá-la positivamente. Haja boa-vontade e bom senso.

Inês Martins