Associação Portuguesa dos Comerciantes de Venda ao Domicílio
A história dos prestaneiros
A Associação Portuguesa dos Comerciantes de Venda ao
Domicílio (APCVD) acaba de apresentar, na casa da Cultura de
Oleiros, o livro "Uma Associação com História e com Raízes no
Pinhal Interior". Uma obra da autoria do advogado Joaquim Silvério
Mateus que retrata a importância daquela coletividade, mas
sobretudo da história dos prestaneiros e o modo muito próprio de
fazer comércio de proximidade, de levar às pessoas, muitas vezes
isoladas, aquilo que lhes faz falta.
Muitos desses comerciantes têm origem na zona do Pinhal e o livro,
editado pela RVJ Editores, demonstra isso mesmo, sublinhando a
importância da associação, o porquê de ter sido criada,
apresentando "as histórias, as peripécias e as experiências por
eles (comerciantes) vividas no âmbito da sua atividade
empresarial".
Para a direção da associação, composta por José Mendes Antunes,
Luís Marques, José Eusébio, Vítor Antunes e Gil Martins, "este
livro incide sobre uma atividade comercial com contornos únicos em
Portugal uma vez que, adaptando a venda dos produtos às condições e
capacidades de cada consumidor em concreto e com a deslocação ao
seu próprio domicílio, permitiu e continua a permitir o acesso de
muitos cidadãos à aquisição de bens essenciais para o seu lar que
doutro modo lhe seriam inacessíveis".
A importância desta atividade comercial é destaca pelo presidente
da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, que no seu testemunho recorda
que o "prestaneiro, vendedor em prestações ao domicílio, foi um
pioneiro deste tipo de comércio, um visionário, um criativo, um
trabalhador incansável, um verdadeiro empreendedor, muito solidário
com os colegas e clientes, cujo sucesso se deve a nunca desistir e
a ter uma vontade férrea de vencer na vida. Fossem assim todos os
Homens e viveríamos em paz e na abundância".
Também José Marques, atual presidente da Assembleia Municipal de
Oleiros, que enquanto autarca de Oleiros contribuiu para o
aparecimento da associação, recorda o facto de se ter deslocado à
Assembleia da República para a legalização da mesma.