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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
Editorial
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91.jpgSomos permissivos com os nossos erros e pouco tolerantes com as erros dos outros. Talvez a nossa sensibilidade seja substancialmente diferente consoante sentidos os problemas na nossa pele ou quando os vemos na terceira pessoa.
Esta atitude é muitas vezes mal interpretada, por não sabermos que o erro também nos faz aprender. Os professores sabem-no e é na tentativa de evitar o erro, que baseamos muitas vezes a prática letiva e o estudo. Ensinamos a aprender no sentido mais lato… preparando para a Vida. 
Esta "coisa" do Fado Português, onde parece ser nosso destino o sofrimento, erro e o infortúnio, sempre me disse pouco. Defendo com unhas e dentes as capacidades das nossas crianças e dos nossos jovens para serem melhores hoje do que ontem.
A capacidade de superação que os nossos alunos têm é reveladora de um modo de estar, bem diferente do que por vezes se "canta" como sendo a Alma dos Portugueses. 
Defendo que o que nos faz grandes como país são os jovens, futuros homens e as suas capacidades. Com estas, conseguem reinventar o mundo e, com a insistência e a perseverança que possuem, empreendem e superam-se.
Ainda hoje sou surpreendido com a sua capacidade de superar limites e de impor a, si mesmos, metas que por vezes parecem impossíveis de concretizar. Costumo sublinhar que nós, os portugueses, somos bons nisso mesmo, na avaliação do meio e na superação de barreiras e de dificuldades.
Assim, o Fado Português é, na minha opinião, o Sonho, com a sua capacidade de antever, de criar laços e pontes para o Futuro, contrariamente ao vulgo pessimismo com que costumamos ser conotados. Esta é a minha visão de Escola, que procura fornecer aos alunos as ferramentas que lhes permitam enfrentar esse Futuro por inventar e adquirir a capacidade de fazer as pontes para nos aproximarmos dele.
Este ano, a vitória no europeu de futebol a 10 de julho, serviu para um despertar do orgulho em ser português que não me lembro de ter visto. Na minha opinião, este facto teve a virtude de fazer notar mais as nossas capacidades e as nossas vitórias.
Aproveitemos então as férias de verão para comemorar os sucessos. E para quem as coisas não correram bem, aprendam, corrigem e perseverem, as quais, juntando uma pitadinha de sorte, são as qualidades dos vencedores.
 
Boas férias
Pela direção, o Diretor
António Cavaco