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Os encantos da natureza
Encantos, quando olhamos para a paisagem das serras
e dos montes e reparamos para o crescimento dos pinheiros,
eucaliptos e medronheiros com toda a sua beleza deitando cá para
fora a seiva milagrosa, que com a ajuda do ar nos purifica o
organismo.
Desencantos quando deparamos com
todo aquele matagal a entupir-lhes a liberdade no espaço do seu
crescimento e a nós humanos de poder andar pelo meio usufruindo
daquele ar respiratório. E é também um incentivo para que haja mais
fogos.
Pois é tempo das pessoas começarem a
pensar em deixar de se abrigar na árvore das patacas, porque essa
já começou a dar-lhe o mal pelas pontas, não tardará a chegar à
raiz. E porque não? Começar a cortar o mato e enterrá-lo nas terras
e com ele produzir aqueles produtos chamados biológicos, que tão
bons são para a saúde. E deixar de entupir as terras com adubos
cheios de partículas cancerígenas.
Que saudades eu tenho dos meus
tempos de criança que levantava de manhã cedo para levar os animais
a pastar e vendo e ouvindo os grandes rebanhos com o zumbido dos
chocalhos, guizos e campainhas e também os pastores a tocar os seus
pífaros, era uma alegria. E eu lá ia todo contente também, com o
meu pífaro, levando para a merenda o pão pequenino, chamado a
merenda do pastor e também o bocadinho de toucinho para acompanhar,
que era levado na córnea que era feita de um bocado de chifre de
boi e os topos eram tapados com rolhas de cortiça.
Agora o que ouvimos é apenas o
chilrear dos passarinhos, que também já são poucos devido aos
aerossóis deitados nas ervas, silvas e outros, que tudo infestam e
tudo matam. E assim lanço um desafio, e porque não? A nível de
localidades criar rebanhos comunitários, para que o gado coma o
mato, silvas e erva para evitar assim tantos incómodos à saúde e
evitar parasitas hormonais que são injetados. Biologia é saúde e a
saúde está primeiro.