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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
Rosário Belo e Rosa Afonso
Arte à porta com murais

Mural2As artitas plásticas Rosário Belo e Rosa Afonso acabam de pintar dois murais em Oleiros, reforçando assim a aposta cultural que tem sido feita na vila e que teve como grande projeto o “Arte à porta”, onde foram pintadas 36 portas, portões e fachadas de imóveis por diferentes artistas.
A aventura do padre António de Andrade ao Tibete serviu de inspiração a Rosa Afonso para produzir o seu mural, em cerâmica. A artista lembra que o desafio foi-lhe feito pelo presidente da autarquia, Fernando Jorge. Com ateliê em Oleiros vai para 32 anos, esta foi a sua primeira experiência do género.
A sua produção obrigou a um estudo sobre a vida do Padre António de Andrade, que ficou na história como o primeiro europeu a chegar ao Tibete em 1664. O astrolábio surge em destaque no mural por ser, “talvez, o instrumento mais importante da expedição”. Também o Tibete está representado com duas montanhas alusivas às dificuldades dos três meses de viagem até chegar a Chaparangue (Tibete). A obra pode ser vista na subida para a Igreja Matriz, numa parede de xisto situada na Rua Dr. Francisco de Albuquerque.
Por sua vez, Rosário Belo, que tem já murais espalhados por várias latitudes, produziu um que marca a entrada do edifício multiusos das Devesas Altas. Com o seu traço muito próprio, a artista apresenta-nos elementos ligados à identidade e histórias do concelho, como as ribeiras, a agricultura, o lenhador, as uvas do Vinho Callum, os potes de barro, a ponte, entre outros.
“Idealizei o painel com os elementos que o município me forneceu e a partir daí foi feita a composição. Tive liberdade total e sinto-me muito satisfeita por, embora ter uma dezena de murais expostos em Castelo Branco, Nisa e Idanha-a-Nova, ter uma obra minha exposta em Oleiros”, explica a autora na nota enviada ao Oleiros Magazine pelo Município.
Para Rosa Afonso a colocação deste tipo de arte nas ruas é uma mais-valia. “Nem toda a gente vai a um museu, a uma galeria ou a uma exposição e neste caso, os murais são um ponto obrigatório de paragem para a contemplação artística”.
Recorde-se que para além destes dois murais em cerâmica, na traseira da Igreja Matriz está representada a padroeira da vila, Nossa Senhora da Conceição, um trabalho assinado por Odeith, graffiter português internacionalmente premiado.