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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
Crónica
O poder do storytelling

InesMartins.JPGHoje em dia e cada vez mais, quem procura um destino turístico pretende adquirir novas emoções e desvendar a essência, o charme e o encanto desse território. Por outro lado, são as vivências oferecidas in situ que distinguem os lugares. E então se pensarmos que "as experiências não ardem", vemos que há aqui um potencial turístico com futuro...
Ao associarmos uma boa história a cada produto que pretendemos vender, estamos tão-somente a ampliar as hipóteses de sermos bem-sucedidos. Storytelling é a capacidade de contar histórias de maneira relevante, representando hoje em dia uma das mais eficazes ferramentas de Marketing, estreitando assim a relação entre um produto e o seu potencial consumidor.
Contar uma boa história possibilita captar a atenção de uma plateia, se tivermos em consideração o público-alvo e utilizarmos uma estratégia assertiva. Poderemos emocionar e persuadir os nossos recetores, cativando-os, se utilizarmos uma linguagem adequada, um enredo inteligente e provocativo, personagens empáticas, um cenário inspirador e uma mensagem percetível e eloquente. Só assim se consegue que a memória dessa experiência perdure no tempo.
Quem visita os territórios do Interior, com uma matriz identitária tão vincada, é isso mesmo que procura, emocionar-se através de experiências inesquecíveis e diferenciadoras. Esta será também a melhor forma de distinguir a oferta turística nestes lugares.
Os agentes turísticos locais, como a população em geral, os empresários da hotelaria, cafés e restauração, os comerciantes, os taxistas, entre muitos outros, devem conhecer bem a realidade envolvente e ter a capacidade de transmiti-la com emoção, revelando na primeira pessoa as tradições, histórias e lendas que os destinos e os seus produtos endógenos têm para revelar. Só assim se impressiona e fideliza quem nos visita.
No fundo, o que importa é não esquecer que os lugares são habitats de pessoas e costumes. Dar a oportunidade a quem nos visita de participar em certas vivências únicas, é a melhor forma de divulgar o território, dando -lhe alma e promovendo a sua identidade. Há sempre uma boa história para contar, basta exercitar a memória, o espírito criativo e a mente. Em cada visitante, existe também um potencial recetor e a possibilidade de nos recriarmos e reinventarmos. Basta querermos.

Inês Martins