Matança do porco
Tradição recriada no Roqueiro
Mais de 200 pessoas participaram,
em Fevereiro, na matança do porco, no Roqueiro. A tradição foi
recriada pelo Grupo Desportivo União do Roqueiro. "A matança do
porco era uma tradição da nossa aldeia e que hoje já não se faz. Há
muita gente a viver fora do Roqueiro cujos filhos nunca viram fazer
uma matança do porco", disse ao Oleiros Magazine JoãoCarlos Mateus,
presidente da colectividade.
A festa começou bem cedo e os
sócios da associação, trajados com fatos de outros tempos, tentaram
ser o mais rigorosos possível. Depois da carqueja em chama, a
sabedoria popular fez o resto. A ribeira voltou a servir para a
lavagem das tripas e à medida que o dia foi avançando eram
também preparados os enchidos.
"Este foi o primeiro ano que
fizemos a iniciativa. Mas desde que há três anos reactivámos o
clube temos vindo a realizar diferentes actividades como almoços
convívio no verão, magustos e dia da mulher", justifica o
presidente da Associação.
Com 32 anos de existência, o Grupo
Desportivo Recreativo União do Roqueiro foi reactivado vai
para três anos. "A aldeia estava um pouco parada, apesar de aqui
residirem mais de 80 pessoas. No verão, com a vinda das pessoas que
residem fora, o Roqueiro chega a ter 200 pessoas", diz.
A sede da associação é a antiga
escola primária. JoãoCarlos Mateusadianta que em breve "todo o
edifício será cedido ao clube, já que a outra sala está a ser
utilizada como casa mortuária. No entanto, será construída uma nova
casa mortuária, junto à igreja, e nessa altura ficaremos com todo o
edifício". Aquele responsável revela que foi a "associação que
desencadeou o processo, o qual foi desde logo aceite pela autarquia
de Oleiros, e que permitiu a cedência dos terrenos para essa
obra".
O presidente da associação sublinha
o apoio que a autarquia de Oleiros tem dado ao clube. "Além de nos
ter cedido a escola, apoiou-nos na sua recuperação. O mesmo sucedeu
com a Junta de Freguesia", diz.