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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
Oleiros
Quintais à moda do Natal

O mercado de Oleiros d´Os Quintais nas Praças do Pinhal, realizado no passado dia 8 de dezembro, ficou marcado por uma significativa participação dos produtores da região (mais de sessenta), pela grande diversidade de produtos e por uma forte adesão de público. A menos de um mês da comemoração do Ano Internacional da Agricultura Familiar, celebração declarada pelas Nações Unidas para 2014, verifica-se que as pessoas reconhecem cada vez mais este conceito como uma oportunidade para impulsionar as economias locais.

Em plena quadra natalícia, os quintais do Pinhal trouxeram o espírito do Natal à praça de Oleiros e no recinto não faltou sequer um presépio original, elaborado com frutos e legumes. O programa de animação contemplou a atuação do acordeonista Zé Maria (de Proença-a-Nova) e do Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros. No final, o palco da praça de Oleiros acolheu ainda a dramatização da peça de teatro "Os Olericultores do Verde Pinhal", a cargo da Casa da Cultura de Oleiros.

Num domingo solarengo e em dia santo (outrora feriado nacional), todos os caminhos levaram até Oleiros onde os melhores produtos do Pinhal estiveram em destaque. Muitos dos visitantes puderam ainda levar para casa algumas das iguarias utilizadas na confeção da Ceia de Natal.

 

Agricultura Familiar


Em 2014 comemora-se o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), uma celebração que pretende aumentar a visibilidade deste tipo de agricultura (dita de pequena escala) levada a cabo pelos pequenos agricultores. Esta é uma comemoração que vem focar a atenção mundial para o seu importante contributo na erradicação da fome e pobreza, na provisão da segurança alimentar e nutricional, na melhoria dos meios de subsistência, na gestão dos recursos naturais, na proteção do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável das áreas rurais.

O objetivo do AIAF 2014 passa por reposicionar a agricultura familiar no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais das agendas nacionais, identificando lacunas e oportunidades, de modo a promover uma mudança rumo a um desenvolvimento mais equitativo e equilibrado. A celebração vai possibilitar uma ampla discussão e cooperação no âmbito regional, nacional e global que permita aumentar a consciencialização e o entendimento face aos desafios que os pequenos agricultores enfrentam, ao mesmo tempo que irá ajudar a identificar mecanismos eficientes de apoio aos pequenos produtores.

A Agricultura Familiar inclui todas as atividades agrícolas de base familiar e está ligada a diversas áreas do desenvolvimento rural. A agricultura familiar assenta num meio de organização das produções agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquífera que são providenciadas e operadas por uma família e predominantemente dependentes de mão-de-obra familiar. Tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento, a agricultura familiar é a forma predominante de agricultura no setor de produção de alimentos.

Ao nível nacional, existe uma série de fatores que são fundamentais para o bom desenvolvimento da agricultura familiar, tais como: condições agroecológicas e características territoriais; ambiente político; acesso aos mercados; acesso à terra e aos recursos naturais; acesso à tecnologia e serviços de extensão; acesso ao financiamento; condições demográficas, económicas e socioculturais; disponibilidade de educação especializada; entre outros.

Por último, a agricultura de pequena escala tem um importante papel socioeconómico, ambiental e cultural. Este tipo de agricultura está intimamente vinculado à segurança alimentar mundial e preserva os alimentos tradicionais; para além de contribuir para uma alimentação saudável, protetora da agrobiodiversidade e do uso sustentável dos recursos naturais.

Concluindo, a agricultura familiar representa uma oportunidade para impulsionar as economias locais, especialmente quando combinada com políticas específicas destinadas a promover a proteção social e o bem-estar das comunidades.