Aniversário assinalado a 6 de outubro
Filarmónica Oleirense, uma história com 130 anos
A Banda da Sociedade Filarmónica Oleirense está a comemorar 130 anos, sendo a associação mais antiga do concelho. Uma data assinalada com diferentes iniciativas ao longo do ano e que no passado dia 6 de outubro integrou um concerto em que participou a Banda da Sociedade Filarmónica Comércio e Indústria da Amadora, como convidada.
A Filarmónica Oleirense é uma das coletividades mais representativas do concelho e que tem a particularidade de ter a funcionar a única escola de música daquele território. Vitor Antunes, presidente da direção, mostra-se satisfeito com o percurso da Sociedade. “O papel da Filarmónica no concelho é cada vez mais preponderante na promoção da cultura e no ensino da música. Somos detentores da única escola, onde os mais jovens e também os menos jovens podem fazer a sua iniciação ao estudo da música e solfejo que lhes permitirá vir a integrar a Banda e não só. Presentemente contamos com cerca de 42 Executantes na nossa Banda, 4 alunos na aprendizagem do Solfejo e cerca de 30 nas classes de Guitarra, Piano, Cavaquinho e Flauta Transversal”, explica ao Oleiros Magazine.
Com cerca de 500 associados, a Banda tem como maestro José Mateus, que é também responsável pela escola de música da nossa Banda, desde o ano de 1989. Vitor Antunes sublinha o papel que tem tido na promoção e no ensino da música no concelho, recordando que “recentemente, no passado dia 14 de agosto de 2023, foi agraciado pela Câmara Municipal com a Medalha de Mérito Municipal – Pinha de Mérito Municipal, em conformidade com o Regulamento de Concessão de Distinções Honoríficas em vigor, prova dos seus bons serviços prestados à Instituição e ao concelho”.
Para além do trabalho de José Mateus, o presidente da Sociedade Filarmónica realça o “trabalho, esforço, dedicação e empenho demonstrados pelos executantes nas várias situações a que vão sendo chamados, sejam ensaios ou atuações ao longo do ano”.
Vitor Antunes, antigo vice-presidente do Município, homem discreto e competente, olha para o futuro da Filarmónica com o sentimento que “nunca tudo está feito. Nessa perspetiva, a direção continuará o seu trabalho no sentido de proporcionar mais e melhores condições aos atuais e futuros músicos que venham a integrar a nossa Banda”. O presidente da Sociedade Filarmónica Oleirense elogia a equipa que consigo dá o seu tempo à coletividade, bem como aquelas que ao longo de 130 anos participaram na história da associação. “A Filarmónica continuará por muitos mais anos a compor a sua história com uma forte vontade de aprender, crescer e evoluir … sempre ao serviço daquela que é considerada a mais bela de todas as Artes. Somos a Instituição mais antiga do concelho que viu reconhecido o Estatuto de Utilidade Pública, por despacho da Presidência do Conselho de Ministros de 26 de abril de 1983 e também, mais recentemente foi reconhecida pelo INATEL como centro de Cultura e Desporto, desde 28 de abril de 2005”, diz.
Programa ao longo do ano
Os 130 anos da Filarmónica foram programados de forma a decorrerem ao longo do 2024. “Na preparação do programa das comemorações foi intenção da direção estender a sua realização ao longo do ano, por forma a vincar a data marcante”, explica Vitor Antunes.
Neste contexto recorda o concerto “Canções de Abril” e a parada musical levada a cabo no passado dia 23 de junho, na qual participaram mais duas Bandas junto com a anfitriã”.
O programa incluiu vários momentos que pretenderam, também recordar todos os que fizeram ou fazem parte da história da Sociedade. “Não podemos nem queremos que a memória seja curta e assim, em primeiro lugar devemos honrar e homenagear os fundadores, sócios, dirigentes, maestros e músicos já falecidos e que, desde a fundação deram o melhor do seu saber, trabalho e dedicação à causa pública, contribuindo para que a nossa Banda hoje, tenha o estatuto e prestígio que detém no concelho e em toda a região, facto que a todos muito orgulha”.
O presidente prossegue: “nunca podemos esquecer os Maestros, Diretores, restantes membros dos Órgãos Sociais e as dezenas de executantes que ao longo dos anos fizeram parte desta família e que, pelos mais diversos motivos hoje já não estão no ativo, mas todos eles ajudaram a construir um pouco da história que nos orgulha. A todos eles pela sua disponibilidade e por tantas vezes terem deixado o conforto dos seus lares e a sua vida pessoal a favor da Banda Filarmónica o nosso agradecimento e o nosso bem-haja”.
O programa incluiu, por isso, uma romagem ao cemitério de Oleiros, onde foi feita a “deposição de uma coroa de flores em local apropriado e cedido pela Câmara Municipal, que perpetuará a memória de todos estes nossos antepassados”.
A concluir, Vitor Antunes, deixa “uma palavra de apreço e sincero agradecimento à Direção e Executantes da SFCI da Amadora por se ter associado neste dia festivo, partilhando o momento com todos nós, pese embora a sobrecarga de serviços e atuações que tiveram ao longo das últimas semanas”.