Visita relâmpago ao concelho de Oleiros
Marcelo elogia a coragem dos portugueses
O Presidente da República disse, ao
final da noite de 25 de agosto, no Orvalho, concelho de Oleiros,
que a questão dos incêndios e as florestas são causas nacionais.
Marcelo Rebelo de Sousa quis estar no terreno junto com autarcas,
responsáveis da proteção civil, bombeiros, e com a população para
se inteirar da situação que afeta aquele concelho e o de Castelo
Branco, fruto de dois incêndios florestais que consumiram floresta
nos dois concelhos. Fogos que consumiram oito casas, provocaram
ferimentos a seis bombeiros da região de Leiria, e consumiram
milhares de hectares de floresta.
Nesta visita relâmpago, Marcelo
Rebelo de Sousa disse que este "é um momento de congregar esforços
para combater os fogos e não para fazer análises políticas".
O Presidente da República esteve no Orvalho com o secretário de
Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, e foi recebido pelo
autarca de Oleiros, Fernando Jorge. O Presidente da República
considera que enquanto Chefe de Estado, deve estar nos locais dos
incêndios, "na medida possível", de forma a poder "agradecer aos
portugueses e instituições que estão a lutar por uma causa
nacional".
No Orvalho, e mais tarde em Castelo Branco, onde se reuniu com o
presidente da Câmara albicastrense, Luís Correia, o Presidente da
República, considerou estar-se perante uma "causa nacional, mas tem
de ser em todos os períodos do ano, como são as florestas e a
criação de condições naturais para preparar o futuro".
Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a
reafirmar que chegou a hora de virar a página relativamente aos
incêndios e que há um tempo em que a prioridade é o combate ao fogo
e "não estar a analisar, debater, fazer balanços, comparar com
outros anos ou outras situações".
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a "coragem dos portugueses, que
tem sido testada em vários pontos do país".
O presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, referiu que
ardeu 30% da área florestal do concelho, o que constitui um rude
golpe para as pessoas, empresas e para o desenvolvimento da
região.
Os dois incêndios de Oleiros, que começaram na freguesia
Estreito/Vilar Barroco e na freguesia de Cambas, alastraram ao
concelho de Castelo Branco, envolvendo várias centenas de efetivos
no terreno, com recurso a meios terrestres e aéreos.
AUTARCAS Entretanto, os dois autarcas de Oleiros e Castelo Branco
não têm dúvidas de que se poderá estar perante uma situação de fogo
posto. Fernando Jorge, presidente da Câmara de Oleiros, em
declarações à Rádio Condestável, lembrou "que incêndios que
começam às 11 horas da noite ou duas da manhã e quando estão
praticamente controlados, surge um novo foco de incêndio com uma
força terrível. Não sei se é terrorismo mas é algo que nos preocupa
muito". disse àquela estação emissora.
Os incêndios de Oleiros chegaram mesmo a encerrar estradas no dia
24. De acordo com a Proteção Civil, foram cortadas as seguintes
vias: EN-112 entre o Km 37 e Km 48 em Cambas; EM-1198 entre Admoço
e Cambas; EM-1197 - Orvalho-Vilar Barroco; EN 238 entre Foz Giraldo
e Sarnadas São Simão; EN-238 entre o Km89 e o Km96; EN112 Foz
Giraldo para Orvalho.