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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
No Cristo Rei, em Almada
Pirotecnia Oleirense az aniversário da TVI
pirotecniaA Pirotecnia Oleirense, com a Luso Pirotecnia realizou, no passado dia 21 de fevereiro, o espetáculo pirotécnico comemorativo dos 28 anos da TVI. 
O espetáculo decorreu no Cristo Rei, em Almada, e foi concebido por Vítor Machado e Nuno Fernandes, desenhado com recurso exclusivo aos produtos Pirotecnia Oleirense, "100% portugueses".
Apesar do mau tempo, o espetáculo esteve ao nível daquilo que a Pirotecnia Oleirense e a Luso Pirotecnia habituou a comunidade internacional. 
O espetáculo foi sincronizado com o tema Gaivota, de Amália Rodrigues, interpretado ao vivo pela  fadista Mariza.
Recorde-se que o setor pirotécnico, desde o início da pandemia, tem tido momentos difíceis, uma vez que se registou uma quebra acentuada ao nível da realização de espetáculos. Mesmo os tradicionais espetáculos de passagem de ano foram reduzidos a um número residual num país em que as suas empresas, sobretudo as do grupo Luso Pirotecnia são reconhecidas mundialmente, tendo conquistado para Portugal vários prémios, como o Júpiter de Ouro no Festival do Quebec, em 2019, ou também nesse festival em 2002 e 2012, terem conquistado a prata. 
Esta situação levou, no mês de março, a que a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos escrevesse uma carta aos 308 presidentes de Câmara portugueses. O objetivo é que o poder local se envolva na procura de soluções que garantam a sobrevivência das empresas ligadas aos setores da cultura e dos eventos.
Na missiva a que tivemos acesso, a Associação solicita, "num dos anos mais difíceis da história mais recente do nosso país e do mundo a sua ajuda para que, em conjunto, possamos recuperar dois setores que são da maior importância estratégica para Portugal e que, infelizmente, estão ligados às máquinas em coma profundo: o da cultura e dos eventos". 
A Associação aproveita para divulgar o impacto que o setor tem no país: 1.222 milhões de euros de impacto destes setores no PIB em 2018 (dados do Banco de Portugal), 16,9 milhões de espetadores, também em 2018, representando receitas de bilheteira de 109 milhões de euros (dados do INE). Na mesma altura, esta indústria empregava mais de 130 mil pessoas. 
A carta recorda que "a despesa das Câmara Municipais em atividades culturais e criativas, também em 2018, foi de 469,8 milhões de euros, portanto não é difícil concluir que as autarquias são os motores principais destas atividades em Portugal". E questiona: "não deveria este valor ser encarado como um investimento?".
A Associação indica "alguns caminhos / medidas que, a curto e/ou médio prazo, poderão revelar-se decisivos para a sobrevivência destes setores: a criação de um fundo de apoio local destinado especificamente a empresas e iniciativas desta natureza, à semelhança do que já acontece em outras autarquias; a redução temporária de impostos municipais para as empresas com CAE ligado a estes setores; o reforço da parcela do orçamento municipal dedicado à cultura e aos eventos, definindo desde já a agenda / programação para a realidade pós-Covid".
A terminar deixa um alerta: "é importante não esquecer que o desaparecimento das empresas em causa poderá inviabilizar que, no futuro, os municípios tenham prestadores de serviços para realizarem as atividades culturais que sempre dignificaram cada região".