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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
crónica
O substrato

InesMartins.JPGPor definição, o termo substrato pode ter várias interpretações, como por exemplo à luz da ecologia ou da filosofia, sendo entendido como "superfície, sedimento, base ou meio onde se desenvolvem organismos vivos" ou "o que forma a parte essencial do ser, em que repousam as qualidades". Em ambos os casos, estão implícitas as noções de interior (ou de íntimo) e de consistência (seja da matéria ou da essência).
De uma forma simplista, podemos referir que é no substrato que se desenvolvem raízes ou se constroem alicerces. Em qualquer uma das situações, estão subentendidas as no-
ções de potencial produtivo, capacidade de uso e influência da consistência para um bom desempenho.
Nos últimos tempos, para fazer face aos desafios que surgiram, tivemos de adaptar paradigmas, modificar o nosso modo de vida e reinventar-nos. Vem-me à ideia a noção de substrato, a qual remeto para a ligação às origens (e a importância que estes referenciais devem assumir), mas também para a sustentação das nossas ações (através da sua consistência e qualidades intrínsecas), para além do potencial de desenvolvimento que é também inerente a este conceito.
Com a atual pandemia que nos inquieta a todos, vivemos tempos de alguma incerteza. Deve partir de nós (e do nosso íntimo) saber estar à altura deste enorme desafio (talvez um dos mais importantes dos últimos 100 anos). Não devemos esquecer as nossas bases e raízes (e todo o seu potencial), bem como a consistência das nossas ações e a capacidade que temos em garantir que o meio onde nos incluímos seja sempre valorizado.
Assertividade e consistência são palavras de ordem, bem como uma boa dose de empreendedorismo e responsabilidade. Só assim conseguiremos superar adversidades e alcançar um futuro promissor, deixando-o como legado para gerações atuais e vindouras.
Nesta quadra que se vive, tenhamos a esperança e a convicção que melhores tempos virão e que toda a prudência não terá sido em vão.
Um Natal pleno de essência para todos.

Inês Martins