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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Março 2024 nº90 Ano XXII
Crónica
Gerir o declínio
InesMartins.JPGHá tempos li um artigo onde alguém, atualmente com responsabilidades governamentais, defendia que "há partes do Interior onde é necessário gerir o declínio", assumindo que "há porções do nosso território onde não vai ser possível recuperar população e atividade económica".
Num país tão pequeno como o nosso e com tantas potencialidades, custa-me ler tal fatalismo. Depois de tantos milhões recebidos, será que não somos capazes de os aplicar de forma equitativa e eficaz e tirar partido do melhor de cada quilómetro quadrado deste pequeno retângulo à beira mar plantado? E se de Bruxelas olhassem para todo o território comunitário e de repente, considerassem algumas "porções" (como Portugal, por exemplo) definitivamente inviáveis?
Refletindo um pouco sobre o assunto, entendo que existem três caminhos a seguir: gerir o declínio, promover a diferença ou alimentar a demagogia. Na minha opinião e como na maioria das situações, "no meio (ou no centro) está a virtude" e defendo a segunda opção, promover a diferença. É pela diferenciação e pela excelência que nos afirmamos e tornamos mais competitivos e atrativos. Sem demagogias nem fatalismos, mas com muita vontade e capacidade.
Não podemos resignar-nos ou baixar os braços, há que optar por "gerir o desígnio", o desígnio que todos nós temos - enquanto ativos do território - em acrescentar-lhe valor. É dessa determinação que o chamado Interior precisa.
Inês Martins