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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
Opinião
A internacionalização do produto de Oleiros

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Durante quatro semanas, de 25 de novembro a 24 de dezembro, alguns dos produtos agroalimentares de Oleiros (medronho, mel, azeite...) estão representados no Mercado de Natal de Estrasburgo. Considerado o maior e mais antigo mercado de Natal, com mais de 500 anos de tradição, neste emblemático certame são esperados este ano 2,3 milhões de visitantes e um impacto económico de 250 milhões de euros. A operação pretende "dar ênfase a um país rural de qualidade, com uma identidade própria e reconhecida autenticidade".
Com um objetivo claro de favorecer a internacionalização do território, a ideia passa por promovê-lo enquanto destino turístico, através de alguns dos seus produtos diferenciadores e com elevado potencial de exportação. Cada vez mais, começa a verificar-se uma procura significativa por parte dos mercados do Centro e Norte da Europa, não só no que se refere aos nossos produtos, mas também no que concerne ao nosso país. Parece que a sua localização no extremo ocidental europeu sempre deu origem a alguns mitos e lendas que pretendem agora "desbravar".
Esta e outras iniciativas de promoção no estrangeiro são fundamentais para afirmar regiões como a nossa, a qual possui uma identidade forte e muitas emoções e experiências para oferecer. Pretende-se trazer as pessoas para o chamado interior (se é que esta é a designação correta num território com cerca de 200 km de largura) de um país cada vez mais procurado e cuja diversidade representa um inquestionável ponto forte. Do mesmo modo, tenta-se reduzir as assimetrias existentes na área do turismo (sabendo que 90% dos turistas vão para o litoral).
Numa era global como a que vivemos, o futuro passa cada vez mais pela internacionalização, conseguida através da promoção dos nossos produtos lá fora (potenciando a sua exportação), ou pela nossa afirmação enquanto destino diferenciador. No concelho de Oleiros, existem casos notáveis de sucesso de algumas empresas com vocação exportadora e um vasto palmarés de vitórias conquistadas no estrangeiro. Há que seguir estes exemplos vencedores e apostar nas nossas reconhecidas potencialidades, valorizando-as. 
Essa valorização de recursos endógenos pode ser feita sob o "chapéu" "terras de excelência", "inovação na natureza", "território do xisto", ou até, porque não, "finisterra da Europa"? O importante é sermos arrojados no que fazemos, sempre com qualidade de topo e agarrando todas as oportunidades com determinação. Só assim se consegue tirar partido de um saber-fazer e de um saber-receber que nos devem orgulhar e inspirar.
Votos de Festas Felizes.
Inês Martins