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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
No Orvalho Presidente da República destaca coragem dos portugueses

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O Presidente da República disse, ao final da noite de 25 de agosto, no Orvalho, concelho de Oleiros, que a questão dos incêndios e as florestas são causas nacionais. Marcelo Rebelo de Sousa quis estar no terreno junto com autarcas, responsáveis da proteção civil, bombeiros, e com a população para se inteirar da situação que afeta aquele concelho e o de Castelo Branco, fruto de dois incêndios florestais que desde quarta-feira estão a consumir floresta nos dois concelhos. Fogos que já consumiram oito casas, provocaram ferimentos a seis bombeiros da região de Leiria, e consumiram milhares de hectares de floresta.

Nesta visita relâmpago, Marcelo Rebelo de Sousa disse que este "é um momento de congregar esforços para combater os fogos e não para fazer análises políticas".

O Presidente da República esteve no Orvalho com o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, e foi recebido pelo autarca de Oleiros, Fernando Jorge. O Presidente da República considera que enquanto Chefe de Estado, deve estar nos locais dos incêndios, "na medida possível", de forma a poder "agradecer aos portugueses e instituições que estão a lutar por uma causa nacional".

fogo2.jpgNo Orvalho, e mais tarde em Castelo Branco, onde se reuniu com o presidente da Câmara albicastrense, Luís Correia, o Presidente da República, considerou estar-se perante uma "causa nacional, mas tem de ser em todos os períodos do ano, como são as florestas e a criação de condições naturais para preparar o futuro".

Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a reafirmar que chegou a hora de virar a página relativamente aos incêndios e que há um tempo em que a prioridade é o combate ao fogo e "não estar a analisar, debater, fazer balanços, comparar com outros anos ou outras situações".

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a "coragem dos portugueses, que tem sido testada em vários pontos do país".

O presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, referiu que ardeu 30% da área florestal do concelho, o que constitui um rude golpe para as pessoas, empresas e para o desenvolvimento da região.

Os dois incêndios de Oleiros, que começaram na freguesia Estreito/Vilar Barroco e na freguesia de Cambas, e que já estão no concelho de Castelo Branco,  encontram-se, segundo a Proteção Civil, em fase de conclusão, estando no terreno  677 bombeiros e 175 meios terrestres.

 

Autarcas reclamam justiça

fogo3.jpgEntretanto, os dois autarcas de Oleiros e Castelço Branco não têm dúvidas de que se poderá estar perante uma situação de fogo posto. Fernando Jorge, presidente da Câmara de Oleiros, em declarações à Rádio Condestável, lembrou  "que incêndios que começam às 11 horas da noite ou duas da manhã e quando estão praticamente controlados, surge um novo foco de incêndio com uma força terrível. Não sei se é terrorismo mas é algo que nos preocupa muito". disse àquela estação emissora.

Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, concelho que também já está a ser afetado (nas freguesias de Almaceda e Sarzedas) pelos incêndios que tiveram início no concelho de Oleiros, alinha pela mesma tese de fogo posto, conforme explicou à RTP.

Os incêndios de Oleiros chegaram mesmo a encerrar estradas no dia 24. De acordo com a Proteção Civil, foram cortadas as seguintes vias: EN-112 entre o Km 37 e Km 48 em Cambas; EM-1198 entre Ademoço e Cambas; EM-1197 - Orvalho-Vilar Barroco; EN 238 entre Foz Giraldo e Sernadas São Simão; EN-238 entre o Km89 e o Km96; EN112 Foz Giraldo para Orvalho.

 

NOTÍCIA EM ATUALIZAÇÃO - 8H50 26-8-2017

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 21h32 DE 27-8-2017

 

OM
Foto Disco | Alberto Ladeira