Crepes auguram prosperidade
Na Chandeleur, ou o Inverno morre ou ganha vigor
No dia 1 de fevereiro, houve crepes
à descrição na Escola. Os alunos de Francês do 3.º ciclo e 10.º ano
de Humanidades comemoraram "La Chandeleur", uma tradição francesa
que vem já de tempos muito antigos, mas que ainda se mantém
anualmente quando passam 40 dias do Natal.
Para assinalar a data, a escola foi
decorada com as cores do país e uma banca de crepes recriou o
ritual que, segundo a lenda, traz prosperidade e boa sorte para o
ano que começa.
As origens
Antes do Cristianismo, esta festa
era conhecida como a "Festa do Fogo" porque marcava o final dos
dias curtos e escuros de inverno e assinalava o início de um novo
ciclo que se queria de prosperidade e esperança na chegada da
primavera. A Chandeleur era sinónimo de bênção da terra para as
plantações que se iriam fazer.
A palavra vem do Latim
"Candelarium", que em Português significa "Candelário", uma corda
coberta de cera, ou vela.
Com a chegada do Cristianismo, esta
festa adquiriu um novo sentido religioso, correspondendo à
apresentação do Menino Jesus no Templo.
Porquê o crepe?
Reza a lenda que no século V havia
em Roma um papa que distribuía crepes aos peregrinos. O formato
circular e amarelado do crepe faz referência ao sol que é um
elemento essencial para a vida.
Uma tradição medieval manda guardar
o primeiro crepe no armário para que a colheita seja abundante. E
acrescenta que, ao virar o crepe com a mão direita, deve ter-se
algo de ouro na mão esquerda e ao girar o crepe, ele deve cair
perfeitamente de volta na panela, já que, segundo a crença, isto
traz prosperidade para o ano.