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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Novembro 2024 nº92 Ano XXIII
Matança do porco
Tradição recriada no Roqueiro

Mais de 200 pessoas participaram, em Fevereiro, na matança do porco, no Roqueiro. A tradição foi recriada pelo Grupo Desportivo União do Roqueiro. "A matança do porco era uma tradição da nossa aldeia e que hoje já não se faz. Há muita gente a viver fora do Roqueiro cujos filhos nunca viram fazer uma matança do porco", disse ao Oleiros Magazine JoãoCarlos Mateus, presidente da colectividade.

Roqueiro - Matança do Porco

A festa começou bem cedo e os sócios da associação, trajados com fatos de outros tempos, tentaram ser o mais rigorosos possível. Depois da carqueja em chama, a sabedoria popular fez o resto. A ribeira voltou a servir para a lavagem  das tripas e à medida que o dia foi avançando eram também preparados os enchidos. 

 "Este foi o primeiro ano que fizemos a iniciativa. Mas desde que há três anos reactivámos o clube temos vindo a realizar diferentes actividades como almoços convívio no verão, magustos e dia da mulher", justifica o presidente da Associação.

Com 32 anos de existência, o Grupo Desportivo Recreativo União do Roqueiro  foi reactivado vai para três anos. "A aldeia estava um pouco parada, apesar de aqui residirem mais de 80 pessoas. No verão, com a vinda das pessoas que residem fora, o Roqueiro chega a ter 200 pessoas", diz.

Roqueiro - Matança do Porco

A sede da associação é a antiga escola primária. JoãoCarlos Mateusadianta que em breve "todo o edifício será cedido ao clube, já que a outra sala está a ser utilizada como casa mortuária. No entanto, será construída uma nova casa mortuária, junto à igreja, e nessa altura ficaremos com todo o edifício". Aquele responsável revela que foi a "associação que desencadeou o processo, o qual foi desde logo aceite pela autarquia de Oleiros, e que permitiu a cedência dos terrenos para essa obra".

O presidente da associação sublinha o apoio que a autarquia de Oleiros tem dado ao clube. "Além de nos ter cedido a escola, apoiou-nos na sua recuperação. O mesmo sucedeu com a Junta de Freguesia", diz.